É normal sentir dor em algumas posições sexuais, principalmente em posições onde o pênis entra mais profundamente, como na de quatro, por exemplo. Isso acontece porque o pênis encosta no colo do útero, gerando um incômodo na região abdominal. Esse tipo de dor, ocasional, não representa um problema ou uma doença – só que a posição deve ser alternada, porque sexo com dor, convenhamos, ninguém merece!
Caso a penetração demore e, ao mesmo tempo, a lubrificação diminua, também pode se tornar dolorosa. Afinal, não somos máquinas de sexo: mesmo com um lubrificante vaginal, chega um ponto em que a excitação acaba e o sexo perde a graça. Nesse caso, é preciso conversar com o parceiro, ok? Tem que ser bom para os dois e, às vezes, alguns ajustes são necessários.
A situação muda quando a mulher sente desconforto em TODAS as posições sexuais. Aí, sim, podemos estar diante de alguma doença como endometriose, mioma, infecções, etc. Pólipos não costumam gerar dor, nem ovários policísticos, apenas cistos volumosos nos ovários. E sempre é bom fazer um exame clínico para afastar qualquer causa orgânica.
Existem alguns casos de sensibilidade crônica da vulva, por exemplo, cujo nome técnico é vestibulodínea. Para comprová-la, é importante fazer um exame simples, chamado teste do cotonete, onde o ginecologista pressiona algumas áreas desta região com um cotonete e observa o local e a intensidade da dor. O uso de anticoncepcional hormonal também pode causar o problema, mas antes de interrompê-lo, é necessário fazer tal avaliação para saber se ele realmente é o culpado. Pois alguns tratamentos de HPV, onde são usados ácidos na parte externa dos genitais, também podem sensibilizar a vagina.
Diante de qualquer suspeita, converse com seu gineco. Se não tratar o problema, além do risco de sinalizar alguma doença mais grave, o fato de começar a transar com a expectativa de dor só piora a situação.