E a criançada tá crescendo…

  

   Hoje, meu quarto dia das crianças como mãe, aproveitei todas as horas do dia (começando às 6 da manhã e com folga das 11 às 13, hora do soninho) ao lado dos meus bebês. É uma delícia ver a carinha deles ao receber os presentes. Teve até bolo com velinhas aqui em casa, com direito a parabéns e tudo, só pelo gosto que eles tem de assoprar as velas. Fomos ao teatro e brincamos um montão no parquinho depois. Maravilhoso. Então, por que estou com uma pontinha de melancolia, ali, bem no fundinho?
   Acho que sei a resposta. Meus bebês estão crescendo… A Marina já nem pode entrar mais nesta categoria, já está bem menininha, com seus 3 anos e 9 meses, mas o Vitinho, com seus dois anos e meio ainda era o bebê da casa. Até há 1 mês e meio atrás quando decidimos, finalmente, tirar a fralda dele. Eu nem estava preocupada com o desfralde, mãe de segundo filho é tão mais tranqüilo… Mas a professora sugeriu e fomos em frente. Hoje ele já é um mocinho, com suas cuequinhas. Nem a fralda noturna está usando mais. Fui ao supermercado e achei tão estranho não ter mais que comprar fraldas que comprei um pacote menor, sei lá, vai que uma hora eles tem uma diarréia… Veja bem, são 3 anos e 9 meses comprando fraldas ininterruptamente! A pessoa fica meio perdida!
   Também contribuiu para esta nostalgia o fato de termos comprado caminhas novas para eles. Amanhã vão entregar e vai-se embora meu último berço. Mamadeiras também não usam mais. Ficam só as chupetas mesmo. Destas, tenho certeza, não vou sentir nenhuma melancolia quando forem jogadas fora. Ô praga, parece um vício.
   Passei por uma vivência louca de maternidade tendo dois filhos com 1 ano e 3 meses de diferença. Só este ano as coisas se acomodaram. Foi tudo muito intenso e exaustivo depois que o Victor nasceu. Parece que eu não consegui curtir tudo, fiquei muito cansada e tolida de várias coisas. O sono, por exemplo. Acho que se eu tivesse tido um tempo pra “respirar” entre os dois teria sido melhor. Ou não? Quem sabe? Por outro lado, agora, o pior do trabalho “braçal” já foi. Nem consigo me imaginar começando tudo de novo, por isto tenho certeza de que não quero um terceiro. Só se o dia tivesse 48horas pra dar tempo de fazer tudo o que eu quero.
    Mas que vai ficar uma saudade da fase bebê, ah isto vai! E eu já tô naquelas de falar para uma mãe de bebê a famosa frase: “aproveita muito, porque passa tão rápido…”