Pode usar DIU de cobre depois do primeiro filho?

Após o primeiro filho de uma mulher que não se adapta a nenhum método contraceptivo hormonal, é confiável o uso do DIU de cobre?

Isa Oliveira, via Instagram

O dispositivo intrauterino de cobre é um excelente método contraceptivo sem hormônio para o pós-parto. E, diferentemente do que muitos pensam, não é abortivo, pois o cobre presente nele é espermicida. Dessa forma, o útero fica inóspito e a fecundação não acontece.

Diversamente da pílula, que geralmente é composta por estrogênio e/ou progesterona, ele não interfere em nada no equilíbrio hormonal do corpo.

Considerado um método bastante eficaz, ele tem baixas taxas de gravidez. Cerca de 0,3% a 1,85% das mulheres engravidam no primeiro mês de uso, e de 0,3% a 1,4% nos anos subsequentes.

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O DIU pode ser inserido logo após o parto (cesariana ou normal), porém o risco de expulsão nessa fase é maior. Sendo assim, o ideal é esperar alguns meses. É indicado ainda colocá-lo durante o período menstrual, para ter certeza de que não há gravidez, e também porque o colo do útero está mais aberto nessa fase, facilitando a implantação. Após a inserção, deve ser realizado um ultrassom para verificar se ele está no lugar certo. Os casos de expulsão ou alteração da posição são raros. Mas a mulher deve ficar atenta caso fique menstruada ou tenha cólicas fora de época.

O DIU de cobre pode ser colocado no consultório médico e você não precisa ficar com medo da dor, já que geralmente é um procedimento tranquilo e sem necessidade de anestesia. O produto é considerado um método de longa duração, de cinco ou dez anos, dependendo do modelo escolhido. Mas, se você pretende ter mais filhos nesse período, é só retirá-lo e, já no próximo ciclo, estará apta a engravidar.

Mulheres com diagnóstico de endometriose, miomas sintomáticos, malformações uterinas, cólicas e fluxo intenso devem evitá-lo, pois ele pode aumentar os sintomas. Importante: antes de colocar o dispositivo, converse com o seu médico e esclareça todas as suas dúvidas.


Matéria originalmente publicada na revista Crescer.