5 coisas que mais incomodam as grávidas

O primeiro indício, geralmente, é o atraso menstrual, mas há mulheres que sabem que estão grávidas até antes. Seios doloridos, dores de cabeça e corrimentos também estão entre os sinais iniciais da gravidez. Então, vêm o cansaço, o sono, as oscilações de humor e, principalmente, os enjoos. Foram eles os campeões de reclamações, de acordo com uma enquete realizada no site CRESCER com participação de 434 das leitoras. Elas responderam o que causou mais incômodo durante os nove meses.

Nessa fase, as mudanças de hormônios no corpo da mulher podem justificar alguns desses efeitos. Outros, são explicados pelo comportamento humano mesmo. Aqui, Alberto d’Auria, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) explica algumas das transformações que desse período.

ENJOO (31% dos votos)

Eleito o sintoma mais incômodo da gestação, o enjoo pode variar de intensidade de mulher para mulher. Apesar de desconfortável, segundo o especialista, sua presença pode ser um bom sinal. Isso porque as grávidas que sofrem com esse incômodo provavelmente estão sendo submetidas a uma quantidade grande de hormônios responsáveis por garantir uma gestação saudável.

Se você faz parte do grupo que mais sente esse “efeito colateral”, tente se consolar porque o que você está sentindo agora pode significar que haverá menos complicações nas fases futuras da gestação. Para minimizar o incômodo, o ideal é comer pouco, várias vezes ao dia, além de se hidratar. Tudo pode ser consumido em quantidade menor, mas com uma frequência maior. Em casos específicos, o obstetra pode receitar medicamentos para aliviar o sintoma.

PALPITES (21% dos votos)

Não é bem um sintoma, mas é algo que começa logo que a notícia da gravidez é anunciada pela família. Inevitavelmente, as pessoas vão fazer comentários ao encontrar uma grávida. Na verdade, elas têm vontade de contribuir de alguma maneira, como se fosse uma espécie de recepção ao bebê. Alguns deles podem ser chatos, mesmo, mas cabe a grávida criar o hábito de ouvir os comentários e seguir apenas as recomendações médicas. A dica do obstetra é aprender a ouvir sem se envolver. Então, respire fundo e, em casos de necessidade extrema, conte até 10 antes de dar uma resposta atravessada.

CANSAÇO (18%) E SONO (5% dos votos)

Mais uma vez, os hormônios representam boa parte da responsabilidade. O cansaço e a sonolência estão principalmente ligados à um hormônio chamado progesterona que, em grande quantidade, faz com que o corpo retenha muito líquido. Isso, junto do aumento de peso, acaba gerando um desconforto maior. O corpo também intensifica o ritmo de trabalho em todos os sentidos para dar conta de fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê em desenvolvimento e isso acaba exigindo mais esforço do organismo mesmo.

Esses sintomas são normais e, para aliviá-los, não tem outro jeiito: é preciso tentar descansar mais mesmo. De acordo com D’Áuria, a recomendação é que a gestante tente se adaptar e adote o hábito de tirar pequenos cochilos durante o dia, quandofor possível, ainda que seja de alguns minutos.

DORES NO CORPO (15% dos votos)

As dores no corpo podem ser consequência do cansaço, do ganho de peso e da adaptação ao novo centro de gravidade. A coluna passa a ter uma curvatura diferente durante a gestação. Há também a produção de um novo hormônio, a relastina, que tem a função de relaxar as articulações. Tentar praticar exercicios físicos de intensidade moderada e fazer alongamentos simples durante o dia são hábitos que podem ajudar.

OSCILAÇÕES DE HUMOR (10% dos votos)

Acordar bem e, de repente, ficar de mal com a vida, com vontade de se esconder em um buraco e não falar com mais ninguém. Isso aconteceu com você durante a gravidez? Se sim, saiba que não está sozinha. Parece repetição, mas não é: esse sintoma também está relacionado às transformações hormonais, que têm tudo a ver com a nossa capacidade de regular as emoções.

Não há muito o que ser feito em relação às oscilações de humor. Cabe à família e a quem convive com a grávida ter um pouco de compreensão com essa fase. Vale também controlar o impulso de dar palpites e pressionar a gestante por qualquer motivo.

Crédito do texto e da foto: Revista Crescer