Anticoncepcional injetável: entenda mais sobre esse método

Para evitar uma gravidez, a pílula anticoncepcional é comumente o método mais procurado pelas mulheres e recomendado pelos ginecologistas. Contudo, ela não é a única forma de prevenção. Uma opção não tão conhecida é o anticoncepcional injetável. Você sabe como funciona? Se te interessou, confira o papo que tivemos com a ginecologista Carolina Ambrogini para esclarecer todas as dúvidas sobre esse tema.

Como é o anticoncepcional injetável?

O anticoncepcional injetável é uma alternativa à pílula e pode ser encontrado em dois tipos. “Existe o método mensal que é feito de estrogênio e progesterona e deve ser aplicado uma vez ao mês, e o trimestral, que é feito apenas de progesterona e deve ser aplicado de três em três meses”, comenta a profissional.  Assim como a pílula, esse tipo de medicamento impede que o corpo libere os óvulos e torna mais espesso o muco do colo do útero. É muito importante ressaltar que a injeção, assim como a pílula anticoncepcional, deve ser receitada por um profissional especializado na área.

Carolina completa que para todo os métodos contraceptivos hormonais existem contraindicações e orienta: “Por conta disto, a paciente deve passar por uma consulta médica para ser avaliado o risco e os benefícios do método para ela”, diz.

Os benefícios do anticoncepcional injetável

Algumas são as comodidades que esse medicamento pode trazer para as mulheres. A principal delas é que as injeções são mensais e funcionam como a pílula, que devemos tomar todos os dias. Por conta dele ser injetável e durar aproximadamente 3 meses, não há o risco de esquecermos de tomar ou atrasar o medicamento, trazendo uma preocupação a menos para quem o usa.

A profissional completa: “A comodidade é de fato um benefício para a paciente. O anticoncepcional mensal funciona como se fosse uma pílula e a paciente tem o seu ciclo preservado. Já o medicamento trimestral tende a interromper as menstruações e tem um retorno à fertilidade mais lento que o mensal”, explica Carolina.

Há contraindicações para o seu uso?

Todos os métodos, independentemente de quais sejam, possuem algum tipo de contraindicação. Por ser considerado um assunto complexo, a ginecologista faz alguns alertas: “Basicamente, as restrições para os dois tipos de anticoncepcionais são as mesmas. Os principais riscos estão associados à trombose, doenças cardiovasculares, amamentação, alterações hepáticas e renais e câncer”, comenta a profissional.

Já os anticoncepcionais injetáveis trimestrais podem ser usados na amamentação e não oferecem risco de trombose, mas não devem ser usados em alta doses, podendo causar problemas hepáticos e renais ou casos de câncer ginecológico. Por isso, no momento de decidir qual anticoncepcional mais se adequa ao seu corpo, é muito importante que você consulte sua ginecologista, ok?


Matéria publicada originalmente no site Só Delas.

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