Testosterona & libido

O uso do hormônio testosterona por mulheres é amplamente citado pela literatura médica, principalmente naquelas que estão na menopausa. Entretanto, diversos países (Brasil e os Estados Unidos estão entre eles) rejeitaram sua fabricação pela indústria farmacêutica. Provavelmente por causa do alarde que a imprensa fez sobre a relação do uso de hormônios e câncer. Os órgãos reguladores, como o FDA americano e a ANVISA, exigem mais pesquisas, apesar de nenhuma até agora ter feito tal associação.

Já na Europa e na Austrália, a testosterona é utilizada sob a forma de adesivo (conhecido por patch em inglês) com segurança e poucos efeitos colaterais há pelo menos 5 anos. Infelizmente por aqui, todas as prescrições de testosterona têm de ser manipuladas, o que interfere na garantia da qualidade e pureza do produto. Isso sem falar que os médicos são pouco habituados a prescrever testosterona – cada um prescreve de um jeito, quando tem coragem de prescrever…

De fato, não é seguro usar testosterona por muito tempo. A Durateston, por exemplo, é uma maravilha: a libido vem fácil, sem fazer esforço, mas também pode causar problemas hepáticos, deixar a voz grossa, fazer nascer barba. Existem algumas outras formulações de testosterona que são mais seguras, porém, com doses e efeitos menores. Eu costumo prescrevê-las por via oral ou sublingual, por tempo limitado.

Afinal, a libido não pode ser movida somente a testosterona. Do contrário, toda vez que a paciente parar de usá-la, pronto, o desejo vai cair. A minha recomendação é investir na erotização da relação: vá atrás do seu erotismo e do que te excita. Busque contos eróticos, veja filmes sensuais, assine um canal adulto, fuja para o motel, enfim, use a imaginação.